quarta-feira, setembro 29, 2004

Cenas da vida real

Tenho de confessar que a minha mãe é um cromo engraçado, com o seu quê de adolescente apesar dos seus 51 anos. Hoje voltou a aprontar-me mais uma, enquanto fomos às compras para a Baixa-Chiado. Íamos nós calmamente a subir umas escadas, quando em sentido contrário vinha um actor de teatro, bastante conhecido, o Carlos Paulo.
Ora aquela carinha de miuda prestes a fazer uma tolice não engana ninguém, e já estava eu a puxá-la por um braço e a proibi-la terminantemente de pedir um autógrafo , mas foi totalmente inutil, porque quando dei por ela, já me tinha fugido e estava a falar ao homem.
Pior que isso... estava eu a tentar fingir que não a conhecia e a subir as escadas, quando ouço dizer: "pois, ali a minha filha estava a ralhar comigo e não queria que eu lhe viesse falar..."
A minha carinha gelou... virei-me para o senhor... e com um belo sorriso amarelo disse: "eh eh eh eh".
Que bonito...
Enfim, resta-me dizer que na relidade tenho um grande carinho por este actor, porque a primeira peça de teatro que eu vi foi com ele no papel principal. A minha madrinha levou-me à Comuna, e ainda hoje eu me lembro de quase tudo, apesar de já ter sido na pré-história... e pronto... logo tive de passar por uma destas...
Ao menos deu para eu e a minha mãe nos rirmos o resto da tarde. Lembrem-me para eu vos contar numa próxima a vergonha que eu passei quando ela pediu o autógrafo ao Herman José... e a retaliação que ela teve... eh eh eh eh

terça-feira, setembro 28, 2004

Noites Brancas

Procurei os teus olhos pelo meio das luzes confusas, pensei que pudessem estar escondidos à minha espera, perdidos no meio de tanta cor. Ali, onde a musica era tão alta que corria nas minhas veias junto com o meu sangue, onde os corpos se mexem todos com a mesma cadência, como se fossem um só, procurei-te avidamente, como se pudesses estar guardado numa redoma de cristal até que eu te descobrisse e te desembrulhasse.
Pensei que era ali que estavas, que chegavas junto de mim e que nossos corpos encaixavam como chave e fechadura. Que eu seria finalmente a Cinderela do meu conto de fadas, com o seu plebeu encantado.
Mas ainda não estavas ali, ainda não vi os teus olhos, ainda não senti o teu corpo nem provei o teu sabor.
As buscas continuam...

sábado, setembro 25, 2004

Monólogos

- Nunca achaste que eras doido? Que era pecado?
- Não. Sinceramente aceitei tudo como sendo natural.
- Eu às vezes acho que devo ser doida, que isto não pode ser normal...
- Mas é normal. É parte de ti, como é parte de mim. Tens de te aceitar como és.
- Eu até posso aceitar-me, mas os outros nunca me aceitariam. Sabes que isto vai contra todas as normas sociais.
- Mas quem impôs essas normas? E quem diz que tens de viver por elas?
- Se achas tudo tão natural, porque escondes de toda a gente? Porque assumes um nome diferente quando falas comigo? Porque te escondes atrás dum personagem?
- Não sei... se calhar não somos tão diferentes assim...

quinta-feira, setembro 23, 2004

Memórias

Estive a arrumar as velhas fotografias da caixa de cartão. Tantas memórias guardadas, tantos sonhos vividos. Olha , a primeira vez que passamos um fim-de-semana juntos. Ai como eu estava gorda aqui... e o teu cabelo, sempre com aquele penacho espetado por mais gel que lhe pusesses.
Olha esta... tão lindo que estavas aqui... foi a primeira viagem que fizemos juntos. A primeira vez que andaste de avião. Pateta, sempre foste mais medroso que eu, tive de te segurar na mãozinha como se fosse tua mãe. Foram uns dias maravilhosos, um pedaço de paraíso na terra. Parecíamos dois adolescentes, dois pombos sempre a arrulhar... aposto que meio hotel andava já enjoado dos nossos beijos.
As festas de família... sempre as mesmas pessoas nas mesmas poses ano após ano. Como se fosse um certificado de que estávamos todos ainda vivos e de saúde.
O nosso casamento... ainda hoje me vêm as lágrimas aos olhos quando revejo estas fotos. As crianças que quase me arrancaram o véu de tanto o quererem segurar. Os filhos, os baptizados, os quilos e quilos de fotos dos nossos meninos. Cada centímetro que cresciam está aqui documentado, cada colher da primeira papa, da primeira sopa. Os arranhões, as esfoladelas, os desgostos de amor.
As forças já te começaram a faltar para fotografar os netos, mas felizmente os nossos meninos herdaram do pai este gosto documental, fotográfico, e preservam também as suas memórias em pedaços de papel, e ajudam a nossa memória cansada a recordar também.
Hoje estive a recordar-te nas nossas velhas fotografias, e é como se tivesses descido lá do alto para me fazer uma visita. Espera por mim amor, que eu já não demoro.

terça-feira, setembro 21, 2004

Mustela putorius

Bunzing_Mustela-putorius.jpg




Malditos cães que não se calam nem por mais uma. Dormem com um olho aberto, os desgraçados. Já um pobre toirão não pode vir descansado fazer uma visita ao galinheiro.
Realmente não se percebe esta gente... primeiro matam-me as perdizes, os coelhos, as galinholas, enfim... tudo o que mexe. Fica para aqui um toirão sem ter com que alimentar os filhos. Depois, criam estes maravilhosos centros de fast-food, cheios de galinhas e coelhos, e quando um gajo pensa que está governado, pimba!, espetam com cães à porta, e dizem que é reservado o direito de admissão a clientes com cartão da casa.
Lá tenho eu de entrar à socapa, por buracos na rede, sujeito a cortar-me, ou pior, a não ter tempo de fugir e levar um balázio, deixando uma dúzia de toirãozinhos orfãos...
Vida dura... vou pegar na esposa e nos miúdos e emigrar para o lado espanhol, pode ser que nos tratem melhor...

segunda-feira, setembro 20, 2004

Combinei que ias ter comigo à casa velha, pela estrada da serra, sem passar pelo meio da aldeia. Era o melhor, para evitar falatório. Cheguei quinze minutos antes da hora marcada, ansiosa, com uma garrafa de vinho, dois copos e uma manta para cobrir o chão cheio de feno e fetos. Ainda pensei nas velas para dar ambiente, mas acabei por desistir por achar perigoso.
Estendi a manta no sitio que me pareceu mais confortável e abri o vinho para estar tudo pronto quando chegasses. Sentia-me nervosa como uma menina pequenina a desobedecer à mãe.
Ouvi os teus passos e o bater na porta com o toque combinado. Abri com um sorriso e um copo na mão, que te estendi e aceitaste. Os teus olhos faiscavam já de desejo e não dissemos uma palavra. Pousaste os copos cuidadosamente, abraçaste-me e, enquanto me acariciavas o cabelo sussurraste-me ao ouvido “minha camponiazinha...”. Eu sorri, gosto do teu sentido de humor.
Tiraste-me a camisola, a saia, deixaste-me em roupa interior. Depois de teres tirado a tua camisa deitaste-te na manta, olhaste em volta, pegaste numa ervinha que colocaste ao canto da boca.
Batendo com a palma da mão na manta disseste “ Vá Maria, anda cá ao teu camponês!”
E foi assim entre gargalhadas que fizemos amor na casa velha.

sábado, setembro 18, 2004

Eu e os testes...

Encontrei este teste aqui, e não resisti a posta-lo, até porque acho que o resultado tem tudo a ver comigo...

The Devil Card
You are the Devil card. The Devil is based on the
figure Pan, Lord of the Dance. The earthy
physicality of the devil breeds lust. The
devil's call to return to primal instincts
often creates conflict in a society in which
many of these instincts must be kept under
control. Challenges posed by our physical
bodies can be overcome by strength in the
mental, emotional, and spiritual realms. Pan is
also a symbol of enjoyment and rules our
material creativity. The devil knows physical
pleasure and how to manipulate the physical
world. Material creativity finds its output in
such things as dance, pottery, gardening, and
sex. The self-actualized person is able to
accept the sensuality and usefulness of the
devil's gifts while remaining in control of any
darker urges. Image from The Stone Tarot deck.
http://hometown.aol.com/newtarotdeck/


Which Tarot Card Are You?
brought to you by Quizilla

Desabafos

Caramba, mas quando será que chega a minha vez de ser feliz?

quinta-feira, setembro 16, 2004

Sexta-Feira

Não me consigo concentrar no trabalho hoje. De cada vez que tento, a tua memória invade-me o cérebro, todos os sentidos, percorre-me o corpo. A recordação do teu corpo ainda arde no meu. Cada lugar tocado, é marca de fogo que desperta a minha alma. Abano a cabeça, tentando afastar as memórias. Olhos no monitor, dedos no teclado... um zumbido do ar condicionado embala-me... o ar morno submerge-me e adormece-me... de novo a recordação enche toda a minha cabeça. Os teus olhos.... hummm... os teus dedos em cada pedaço de mim...
O telefone a tocar, maldito dia de trabalho do inferno, que não tem fim. Este calor demoníaco que teima em não largar o meu corpo, parece que vem de dentro, não há nada que o contrarie. A moleza das mãos, que não respondem aos meus comandos, olhos que não lêem, ideias trancadas sem cadeado.
O teu cheiro... invasor bárbaro vindo do meu interior, atordoa-me, amolece-me, os olhos que fecham, ouvidos fechados ao exterior. Maldito relógio que teima em não andar... mas será que este calvário não tem fim hoje?

quarta-feira, setembro 15, 2004

Meu anjo da guarda

A vida de um anjo é muito difícil hoje em dia. A deslocação pelo céu é cada vez mais complicada, está tudo cheio de lixo. Ele são aviões, satélites, pedaços de metal de velhas naves espaciais, eu sei lá que mais. Ainda ontem levei uma cabeçada dum pedacinho de meteorito, que fiquei desmaiado numa nuvem durante umas horas. E claro, esse tempo foi o suficiente para a moça por quem sou responsável fazer um monte de disparates. Quando eu acordei já ela tinha caído em dois buracos, e estava prestes a ser assaltada por um bando de meliantes. Cheguei mesmo a tempo de lhes desviar a atenção para um demoniozinho de saias que ia a passar... e o anjo dela que se preocupe depois, que isto é cada um por si. Há muita concorrência hoje em dia, e só neste século já perdi 3 moças mais cedo do que devia por meras distracções.
Mas desta vez vai ser diferente. Tenho andado de olhos bem abertos, que esta é a minha ultima oportunidade. Se falho esta, nem para anjo da guarda de um caracol me voltam a chamar.
E logo me havia de calhar uma deprimida, com instintos suicidas e uma tendência para se meter em sarilhos. Se fecho os olhos um segundo que seja, lá está ela metida em disparates. Uma vez apanhei-a em pleno voo. Isso é que foi tarefa difícil meter lá aquele colchão à ultima da hora. Ainda bem que ela ainda não tinha uma técnica muito apurada e só se mandou dum rés-do-chão.
Lá está ela outra vez, a dar trela a um desconhecido que lhe pediu uns trocos. Bolas, não a posso largar um minuto, já nem vida própria tenho. E logo agora que chegou uma fornada de anjas tão lindas, desde que se despenhou aquele avião cheio de candidatas a Miss...

terça-feira, setembro 14, 2004

Noites cinéfilas 23

 retour1.jpg


Ainda não tinha ido ao cinema desde que tenho casa nova, mas ontem lá retomei essa actividade. Também não tem ajudado a falta de filmes de jeito, mas lá fui ver um que por acaso até está em cartaz há bastante tempo.
Fomos ver um filme russo, O Regresso. Gostei imenso, era simples mas baseado em boas interpretações.
Era a história de duas crianças e o seu pai desaparecido há 12 anos, que resolve aparecer de repente, sem dar explicações de onde estivera, e que reclama o seu lugar de pai e educador sem realmente ter feito nada para o merecer.
Cada um dos rapazes tem uma atitude completamente diferente ao regresso do pai, mas cada uma delas perfeitamente justificável.
Este filme conta ainda com lindissimas paisagens de lagos e ilhas, que nos enchem os olhos.

segunda-feira, setembro 13, 2004

Como conquistar uma mulher peixes (eu)?

Como é sabido, cada nativa de cada um dos doze signos do zodíaco tem as suas especificidades no que toca a sedução. Hoje vamos concentrar-nos em como encantar uma mulher peixes, única temática relevante neste blog, uma vez que este é o meu signo.
Pois as mulheres peixes têm os seus segredos, como todas as outras, mas eu tenciono aqui descobrir um pouco do véu.
Comecemos por falar em que tipo de presentinhos derretem o coração da peixa mais empedernida. Qualquer coisa que se assemelhe a uma mala, uns sapatos fashion, ou uma peça de bijutaria farão a sua amiga andar com um sorriso nos lábios durante pelo menos um mês. E nem é preciso ser Prada ou Gucci, que as peixinhas são fáceis de contentar.
Outra coisa importante é ter imaginação. As peixas gostam de ser surpreendidas, e que o seu parceiro tenha originalidade. Rotina e monotonia aborrecem bastante estas nativas, mas aí suponho que seja válido para quaisquer nativas de qualquer signo.
Passeios e viagens também agradam bastante a estas moças. Uma viagem no cacilheiro, ou um cruzeiro nas Caraíbas, novamente o que conta é a imaginação.
As piscianas são mulheres adoráveis (e quem me conhece bem sabe que é verdade...), e fáceis de conquistar, desde que haja honestidade e um gosto pelo inesperado.
A nível sexual são uma surpresa constante, e debaixo duma certa capa de timidez reside por vezes um mundo completamente novo... se eu vos contasse... hum hum... nem queiram saber... E pronto, se depois deste esforço todo, eu continuar sem príncipe encantado só posso chegar a uma conclusão... os homens são analfabetos!

sábado, setembro 11, 2004

Fiz uma longa caminhada, por caminhos íngremes e tortuosos até ao cimo desta serra. Chegada a este pico, rodeada de natureza em estado puro, entro em sintonia com o universo para escutar o meu Eu interior. E chego a uma conclusão há muito esperada... devo ser uma merda, porque as moscas não me largam!

sexta-feira, setembro 10, 2004

Madalena

Ela era alta, imponente, com o orgulho da raça espelhado nos olhos. Nunca tinha ido a África, terra dos seus avós, mas envergava os típicos trajes coloridos duma matriarca. Tinha a cor da savana nos olhos, o cheiro do mato na pele, e toda a sua imagem impunha respeito. Na rua as pessoas não conseguiam evitar olhá-la de lado, e desviavam-se à sua passagem.
Apesar de enorme, era graciosa como uma gazela, de feições suaves, e mesmo quando acompanhada pelos 6 filhos, não perdia a pose de rainha.
Na sua cabeça ela era descendente dum Rei duma das maiores tribos africanas, grande heroi e lutador pela liberdade do povo, e isso ajudava-a a passar as horas de trabalho, certa que um dia lideraria a grande revolta, libertaria todos os oprimidos.
Noutros dias era descente dum poderoso feiticeiro, conhecido pelas suas curas importantes, e pelas eficazes maldições que faziam perecer todos os inimigos. Sonhava que um dia curaria todos os males do mundo com os seus poderes herdados de curandeira.
Mas outros dias era apenas ela, empregada das limpezas, mãe de 6 filhos, solteira porque era demasiado independente para se amarrar a um homem, mulher cansada duma vida a lutar.

quarta-feira, setembro 08, 2004

Vidas Reais

O sol está quase a pôr-se e enche a superfície da água de reflexos dourados. Muita ao longe conseguem ouvir-se os poucos carros que cruzam a estrada nacional, fazendo presente a proximidade da civilização. Mas mais próximos estão os sons das abelhas, das andorinhas que vêm aqui beber água, convidadas pela minha imobilidade.
E eu, sozinha, penso em ti. Nem mesmo no meio do paraíso, embalada por corvos e cigarras, tu me sais do pensamento.
Gostava que estivesses aqui, que nos tocássemos, beijássemos. Que me despisses freneticamente, e que cuidadosamente procurássemos um local sem pedras para dar asas ao desejo. Que nos ríssemos quando um ramo de videira se prendesse no meu cabelo, e que escutasses embevecido os meus palavrões quando uma silva traiçoeira se espetasse no meu rabo.
Os teus beijos quentes curariam as minhas feridas, enquanto uma urtiga escondida te magoava as costas.Por fim, exaustos de tanto amor, picados por abelhas, recolheríamos as roupas ofegantes, enquanto fugíamos correndo das vespas enraivecidas que despertaram quando derrubámos o seu ninho.

terça-feira, setembro 07, 2004

MSN

Ela diz:
Então como foi o teu dia?
Ele diz:
Muito trabalhoso. Estou exausto.
Ela diz:
Estava com saudades...
Ele diz:
Também eu. Nunca mais chegam as férias para podermos estar juntos.
Ela diz:
Passei o dia a pensar em ti. A sonhar acordada com o nosso reencontro.
Ele diz:
Já está para breve amor. Conta-me o que sonhaste...
Ela diz:
Sonhei que me ias buscar ao aeroporto. Que corrias pelo átrio das chegadas ao meu encontro. Que caias nos meus braços e me beijavas sofregamente.
Ele diz:
E segurava-te pela cintura, como tu adoras?
Ela diz:
Sim amor. E rodopiávamos os dois como se vê nos filmes. E corriamos para tua casa.
Ele diz:
Tenho um banho preparado para ti, para te receber. Cheio de pétalas e óleos perfumados. Mergulhamos os dois na banheira... molho suavemente as tuas curvas com aquela esponja natural que me ofereceste da última vez...
Ela diz:
Saudades tuas... saudades do teu corpo que revejo com prazer... que toco com desejo e saudade...
Ele diz:
Estás a tocar-te amor?
Ela diz:
Sim... como se fosses tu...

segunda-feira, setembro 06, 2004

Bom Apetite

Primeiro o açucar. São só 3 chavenas, mal cheias. Depois os 7 ovos, que este bolo é de sustança, coisa para enfartar e engordar. Puta da casca de ovo, que me há-de sempre escapar alguma. Depois lá tenho que sujar os dedos a catá-la no meio daquela mistela, logo eu que sou uma comichosa com o sujar as mãozinhas. Bem, já está, pelo menos a pesca foi rápida. Depois é bater bem, esta parte é que é uma seca, que tenho uns pulsos fracos. Porra, saí-me cá uma donzela.
Ok, já está, posso passar à fase seguinte. Toca de por o óleo, que é para o gajo ficar fofo. Ainda bem que estou a dieta. Sacana do puto logo tinha que fazer anos numa altura destas e insistir que queria o bolo de chocolate da madrinha. Raisparta a dieta.
Depois do óleo, começa a parte melhor. Misturo bem a farinha, aos bocadinhos, para não encaroçar. Depois de ter posto a farinha, o bolo já está apto a ser provado. Maldita mania que não me larga desde miuda, gostar mais da massa do bolo crú, do que depois de cozido. Pronto... só uma colherinha de café para tirar os desejos... hummm... só mais uma... puta da dieta. Eu depois ando meia hora a pé para abater... cof cof... promessas, promessas...
Depois da farinha, vem o chocolate. Já pus a água ao lume, para estar a ferver na altura certa. Um pacote de chocolate em pó, como manda a receita, misturo tudo, e encho-me de pó por todos os lados, como de costume. Sou uma verdadeira chefe Silva, irra. Será que está bom? É melhor provar, não vá eu estar a fazer alguma coisa errada, que é só a trigésima terceira vez que eu faço este bolo e nunca saiu mal, mas há uma primeira vez para tudo. E é sempre bom provar, pode ser preciso corrigir os temperos. Uma colherinha de chá, que a de café não dá bem para sentir o sabor. Só mais outra, para ter a certeza... semanas de dieta para isto... puta de vida.
Junta-se a chávena de água a ferver, mexe-se bem, está pronto a ir para o forno. Agora é a parte mais chata. Não consegui subornar a minha mãe para me barrar a forma, lá vou ter de sujar as mãozinhas, merda de picuinhas, esquisitinha.
Uso um saco de plástico tranparente como luva. Só de pensar em encher as mãos de manteiga até me dá a volta ao estômago. Manteiga, depois farinha, mais uma colherinha de chá para ver se está bom de sal... bolo na forma e depois no forno.
Mas não esquecer de rapar bem o recipiente, que não se pode desperdiçar nada. E ainda me admiro do sacana do bolo ficar pequeno. Lambona do caraças.
E é esta a receita do meu famoso bolo de chocolate. A cobertura só logo, que agora estou enjoada como um perú, e ela merece ser devidamente provada.Bom apetite!
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sábado, setembro 04, 2004

beijos.jpg

Nova casa

Pois é, começo a cansar-me do nosso amigo Sapo, por isso estou a considerar a hipótese de me mudar para aqui. Por enquanto vou manter este a meio gás, até me mudar definitivamente...