quinta-feira, agosto 17, 2006

Sonhos Verídicos

Esta noite tive um sonho mesmo estranho. Costumo sonhar muito, sonhos agitados, pesadelos algumas vezes, coisas sem nexo. Home cinema da melhor qualidade, a minha vida em comédias sátiro-romantico-aterradoras. Esta noite ainda me ri quando acordei. Claro que depois lembrei-me que eram 6h da manhã e eu ia para um call center daí a nada, e passou-me a vontade de rir.
Mas era uma casa com muitos quartos, e uma sala escura, coberta de lençóis brancos a cair pelas paredes, com uma pista de dança no meio. Nela estava uma amiga minha a dançar com um dos dançarinos do Dança Comigo (escuso de dizer quem é, que ela já percebeu de certeza;)). Mas dançaram imenso, a meio já parecia patinagem artística, porque ele fez a minha amiga rodopiar, primeiro pelo chão, depois pelo ar, acima da sua cabeça, qual boneca de trapos. Eu ia assistindo calmamente, deitada num meio sofá/meio cama, todo branco como tudo à minha volta.
De repente o cenário mudou, e eu era uma menina pequena, filha dum casal, que tínhamos ido visitar a aldeia duns irredutíveis gauleses/celtas. Mas a aldeia estava assente em estreitas rochas, com imensos precipícios por baixo, o que foi horrível, tendo em conta as vertigens que eu sofro. E o chefe da aldeia mostrava-me os infinitos precipícios sem fundo e dizia-me: "Sim, de onde pensam que tirávamos rochas para construir tantos menires?"
Quem visitava a aldeia, e ficava a saber o terrível segredo dos gauleses/celtas, nunca mais podia de lá sair, para não contar a verdade ao mundo. E eles não eram propriamente as personagens simpáticas dos livros que conhecemos.
E estava eu a jurar que nunca contaria nada, sendo a menina mas ao mesmo tempo vendo a cena de fora, quando tocou o meu maldito despertador dos infernos, e eu acordei na minha realidade, à beira dum precipício infinito e assustador chamado vida, donde se retiram todos os menires que nos tapam o caminho.