Histórias Verídicas
Chamem-me tradicional, mas sou muito cuidadosa de com quem durmo. Não sou moça de andar para aí a dormir com este e com aquele que se me aparecem à frente. Se bem que nas Travessas, terra do meu coração, onde vou com regularidade passar férias como vocês bem sabem, já desenvolvi uma certa tolerância e mesmo uma certa flexibilidade, levando-me a ter padrões mais alargados, aqui por Lisboa continuo a ter os meus pruridos, e a ser mais selectiva.
Não falando nas moscas, melgas e mosquitos, que entram sem ser convidados e se apoderam de tudo, lá por terras das beiras qualquer coisa com menos de três pares de patas pode partilhar os meus aposentos. Depois de muita negociação, passar a noite comigo está apenas vedado a centopeias, aranhas cujas patas se ouvem caminhar na parede e pouco mais. Ainda esta Páscoa dormi com uma magnífica e rechonchuda osga, muito cor-de-rosa e deslumbrante. É certo que ainda tentei negociar com ela, pedir-lhe que me deixasse só, invoquei que era um pouco envergonhada. Neste ponto ela cedeu, e escondeu-se atrás do meu espelho da cómoda, o que nos permitiu passar uma noite bastante agradável sem contacto visual.
Aqui pela capital confesso que sou mais picuinhas. Nenhum tipo de aranhas pode compartilhar a minha intimidade, nem formigas, nem qualquer tipo de insectos, nem tipos que me ligam 3 vezes por dia a tentar reeditar noites loucas que tivemos no passado. Esqueçam amigos, é passado, não vai voltar a acontecer.
Posto isto, osgas nunca estiveram em discussão. Por isso amiga cor-de-rosa que te passeias pela parede da minha sala, quase matando a minha mãe de ataque cardíaco de cada vez que eu lhe grito: “Olha aí em cima!!”, vamos ter de resolver isto a bem. Tudo bem que eu sou bióloga, coração de manteiga, não mato animais só por não gostar deles (excluindo dípteros em geral), mas acho que estás a abusar um pouco. Três noites seguidas a rebolares a cauda pela minha humilde residência, sem pagar qualquer tipo de aluguer, espreitando provocatoriamente por trás da cristaleira, acho que é esticar um pouco a corda. Por vontade da minha mãe já estavas com uma moca de Raid moscas e mosquitos, a cambalear daqui para fora. Mas eu, que sou uma santa, tenho deixado passar. Aconselho-te a resolver isto a bem, a saíres pelo teu pé. Eu sei que já disse que queria um animal de estimação, mas não era bem nisto que estava a pensar.
Não falando nas moscas, melgas e mosquitos, que entram sem ser convidados e se apoderam de tudo, lá por terras das beiras qualquer coisa com menos de três pares de patas pode partilhar os meus aposentos. Depois de muita negociação, passar a noite comigo está apenas vedado a centopeias, aranhas cujas patas se ouvem caminhar na parede e pouco mais. Ainda esta Páscoa dormi com uma magnífica e rechonchuda osga, muito cor-de-rosa e deslumbrante. É certo que ainda tentei negociar com ela, pedir-lhe que me deixasse só, invoquei que era um pouco envergonhada. Neste ponto ela cedeu, e escondeu-se atrás do meu espelho da cómoda, o que nos permitiu passar uma noite bastante agradável sem contacto visual.
Aqui pela capital confesso que sou mais picuinhas. Nenhum tipo de aranhas pode compartilhar a minha intimidade, nem formigas, nem qualquer tipo de insectos, nem tipos que me ligam 3 vezes por dia a tentar reeditar noites loucas que tivemos no passado. Esqueçam amigos, é passado, não vai voltar a acontecer.
Posto isto, osgas nunca estiveram em discussão. Por isso amiga cor-de-rosa que te passeias pela parede da minha sala, quase matando a minha mãe de ataque cardíaco de cada vez que eu lhe grito: “Olha aí em cima!!”, vamos ter de resolver isto a bem. Tudo bem que eu sou bióloga, coração de manteiga, não mato animais só por não gostar deles (excluindo dípteros em geral), mas acho que estás a abusar um pouco. Três noites seguidas a rebolares a cauda pela minha humilde residência, sem pagar qualquer tipo de aluguer, espreitando provocatoriamente por trás da cristaleira, acho que é esticar um pouco a corda. Por vontade da minha mãe já estavas com uma moca de Raid moscas e mosquitos, a cambalear daqui para fora. Mas eu, que sou uma santa, tenho deixado passar. Aconselho-te a resolver isto a bem, a saíres pelo teu pé. Eu sei que já disse que queria um animal de estimação, mas não era bem nisto que estava a pensar.
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