domingo, janeiro 22, 2006

Derivações semi-poéticas

Sei-te de cor.
Sei-te de cor e salteado.
Sei de cor o teu corpo que só me mostras às vezes.

Já houve tempos em que soube o teu cheiro.
Anos passados a saborear-te.
Meses de súplica para te ouvir.

Hoje sei-te de cor como se sabe a tabuada.
Como se lembram os reis da História, mas só até ao Afonso.
Como se sabem os rios da Europa, o Tejo e pouco mais.

Espero um dia estranhar-te.
Não lembrar o teu nome, o teu número.
O mal que me fizeste.