sábado, junho 03, 2006

Divagações semi-poéticas

Respiro o teu corpo quente
Em cujas veias circula o meu hálito.
No subir e descer do teu peito
Navego como barco faminto,
Como alma que desliza em busca de terra.

Respiro-te para saber quem és.
Para absorver os pedaços de ti
Que não me deixas ver ou falar.
Poeira da outra vida,
Aquela que começaste sem mim
E que nunca há-de acabar.

Respiro-te porque não sei respirar sozinha.