Memórias
Estive a arrumar as velhas fotografias da caixa de cartão. Tantas memórias guardadas, tantos sonhos vividos. Olha , a primeira vez que passamos um fim-de-semana juntos. Ai como eu estava gorda aqui... e o teu cabelo, sempre com aquele penacho espetado por mais gel que lhe pusesses.
Olha esta... tão lindo que estavas aqui... foi a primeira viagem que fizemos juntos. A primeira vez que andaste de avião. Pateta, sempre foste mais medroso que eu, tive de te segurar na mãozinha como se fosse tua mãe. Foram uns dias maravilhosos, um pedaço de paraíso na terra. Parecíamos dois adolescentes, dois pombos sempre a arrulhar... aposto que meio hotel andava já enjoado dos nossos beijos.
As festas de família... sempre as mesmas pessoas nas mesmas poses ano após ano. Como se fosse um certificado de que estávamos todos ainda vivos e de saúde.
O nosso casamento... ainda hoje me vêm as lágrimas aos olhos quando revejo estas fotos. As crianças que quase me arrancaram o véu de tanto o quererem segurar. Os filhos, os baptizados, os quilos e quilos de fotos dos nossos meninos. Cada centímetro que cresciam está aqui documentado, cada colher da primeira papa, da primeira sopa. Os arranhões, as esfoladelas, os desgostos de amor.
As forças já te começaram a faltar para fotografar os netos, mas felizmente os nossos meninos herdaram do pai este gosto documental, fotográfico, e preservam também as suas memórias em pedaços de papel, e ajudam a nossa memória cansada a recordar também.
Hoje estive a recordar-te nas nossas velhas fotografias, e é como se tivesses descido lá do alto para me fazer uma visita. Espera por mim amor, que eu já não demoro.
Olha esta... tão lindo que estavas aqui... foi a primeira viagem que fizemos juntos. A primeira vez que andaste de avião. Pateta, sempre foste mais medroso que eu, tive de te segurar na mãozinha como se fosse tua mãe. Foram uns dias maravilhosos, um pedaço de paraíso na terra. Parecíamos dois adolescentes, dois pombos sempre a arrulhar... aposto que meio hotel andava já enjoado dos nossos beijos.
As festas de família... sempre as mesmas pessoas nas mesmas poses ano após ano. Como se fosse um certificado de que estávamos todos ainda vivos e de saúde.
O nosso casamento... ainda hoje me vêm as lágrimas aos olhos quando revejo estas fotos. As crianças que quase me arrancaram o véu de tanto o quererem segurar. Os filhos, os baptizados, os quilos e quilos de fotos dos nossos meninos. Cada centímetro que cresciam está aqui documentado, cada colher da primeira papa, da primeira sopa. Os arranhões, as esfoladelas, os desgostos de amor.
As forças já te começaram a faltar para fotografar os netos, mas felizmente os nossos meninos herdaram do pai este gosto documental, fotográfico, e preservam também as suas memórias em pedaços de papel, e ajudam a nossa memória cansada a recordar também.
Hoje estive a recordar-te nas nossas velhas fotografias, e é como se tivesses descido lá do alto para me fazer uma visita. Espera por mim amor, que eu já não demoro.
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