Sexta-Feira
Não me consigo concentrar no trabalho hoje. De cada vez que tento, a tua memória invade-me o cérebro, todos os sentidos, percorre-me o corpo. A recordação do teu corpo ainda arde no meu. Cada lugar tocado, é marca de fogo que desperta a minha alma. Abano a cabeça, tentando afastar as memórias. Olhos no monitor, dedos no teclado... um zumbido do ar condicionado embala-me... o ar morno submerge-me e adormece-me... de novo a recordação enche toda a minha cabeça. Os teus olhos.... hummm... os teus dedos em cada pedaço de mim...
O telefone a tocar, maldito dia de trabalho do inferno, que não tem fim. Este calor demoníaco que teima em não largar o meu corpo, parece que vem de dentro, não há nada que o contrarie. A moleza das mãos, que não respondem aos meus comandos, olhos que não lêem, ideias trancadas sem cadeado.
O teu cheiro... invasor bárbaro vindo do meu interior, atordoa-me, amolece-me, os olhos que fecham, ouvidos fechados ao exterior. Maldito relógio que teima em não andar... mas será que este calvário não tem fim hoje?
O telefone a tocar, maldito dia de trabalho do inferno, que não tem fim. Este calor demoníaco que teima em não largar o meu corpo, parece que vem de dentro, não há nada que o contrarie. A moleza das mãos, que não respondem aos meus comandos, olhos que não lêem, ideias trancadas sem cadeado.
O teu cheiro... invasor bárbaro vindo do meu interior, atordoa-me, amolece-me, os olhos que fecham, ouvidos fechados ao exterior. Maldito relógio que teima em não andar... mas será que este calvário não tem fim hoje?
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