domingo, julho 23, 2006

Convite de Fim-de-Semana

As cobertas jaziam revoltas no chão do quarto, em conjunto com peças de roupa despidas à pressa. Os lençóis emolduravam os pés da cama, como um quadro antigo. O corpo dela repousava inerte, abraçado à almofada pequena, quase de criança. O seu corpo era magro e ossudo, e aquela posição langorosa fazia realçar as suas nádegas arrebitadas e firmes.
Ele estava de pé a ver o seu reflexo no espelho grande que tornava aquele quarto um espaço eterno e infinito. Ajoelhou-se na cama, sempre olhando o espelho. O corpo dela ali tão disponível e abandonado despertava-o, e o calor abrasador dos últimos dias fervia-lhe nas veias.
Agarrou-a pelos ossos salientes das ancas e arrastou-a para si. Ela despertou do seu torpor, com um sorriso, mas permaneceu na mesma posição, deixando-o tomar o controlo. Ele enlaçou-a vigoramente pela cintura, apertou-a vigorosamente, como se quisesse que o corpo dela penetrasse no seu, e se tornassem verdadeiramente um só. Aquele cheiro suave que ela libertava enlouquecia-o, a sua vulnerabilidade despertava nele os instintos mais primários e animais. Explorava-lhe o corpo com as mãos, enquanto mantinha o seu peito firmemente colado nas costas dela. Beijou-lhe a nuca, as orelhas, o pescoço, mordeu-lhe um ombro violentamente enquanto ela se debatia para se soltar.
O calor, o ar carregado de sexo, o quarto onde viviam há dias sem sair, tudo isso o drogava e o tornava irracional.
Colocou-a de gatas enquanto espalhava dentadas fortes pelas suas costas, com raiva do corpo dela, por não ter sido só seu, sempre, por a ter conhecido já corrompida pelos desejos de outros. Queria magoá-la, castigá-la, faze-la sofrer tanto quanto o seu ciúme doentio o permitia. Arranhava-a, mordia-a, apertava-a com as suas mãos fortes até sentir os seus ossos ranger e a sua boca soltar gemidos de dor e prazer.
Ela não se debatia, deixava-o despejar toda a sua ira, descontrolar-se de ódio e desejo, e a sua passividade exacerbava a fúria animal dele.
E amavam-se assim, furiosamente, como duas feras que lutam, dois animais que se debatem pelo poder, um que domina e encanta, e outro submisso ao seu próprio descontrolo.

segunda-feira, julho 17, 2006

Tempos de Desespero Chegaram

Ok Teleseguro, bom dia, fala a Marta!
Se alguém precisar de mim pode encontrar-me debaixo da cama a chorar.

sábado, julho 15, 2006

Se ao menos...

... este calor infernal me fizesse perder algum peso. Mas é que nem isso. Em vez disso estou inchada que nem um balão.
Chiça, isso é que este calor me deixa uma gaja sexy.
(E pouco rabujenta... e pouco implicante... e feliz que nem um passarinho depenado... e...)

terça-feira, julho 11, 2006

Deve ser do tempo

Ando com um humor de cão. Não esperem coisas boas nos próximos dias, e não se aproximem muito que posso morder. Depois não digam que eu não avisei.

sexta-feira, julho 07, 2006

360º

Antigamente as nossas vidas davam voltas de 360º. Grandes e gigantescas voltas, rodopios, carrosséis intermináveis. As nossas vidas não paravam, não interrompiam o seu movimento espiralar. Mas um dia alguém aprendeu um bocadinho de matemática. Disse que 360º é uma volta que nos deixa no ponto de partida, um círculo completo. E nós reduzimos a nossa vida a pequeninos semicírculos, ridículas meias voltas, figuras incompletas. Agora dizemos com ar convicto e sabedor: “A minha vida precisa duma volta de 180º!”.
Pois a minha não! A minha vida não se fica por meias-voltas e troca-tintas. A minha vida precisa duma volta completa, como se dizia dantes. “Isto vai ter de dar uma volta completa, minha menina!” Não me contento com π, com meias medidas. Eu quero os 360º a que tenho direito, as voltas completas, o carrossel imparável que nos enche o estomago de borboletas e outros lepidópteros, a espiral ascendente, o furacão arrasador.

quarta-feira, julho 05, 2006

Finalmente percebi

... porque é que há pessoas que não gostam do Scolari. É que dantes, quando nem íamos ao campeonato do mundo, ou éramos logo eliminados, não se sofria tanto. E podiamos ficar felizes no nosso sentimento tão português de "tudo nos corre mal".
Assim sofre-se mais, porque também se sonha mais. Acabou o mundial para nós, mas acabou bem, de cabeça erguida. Olhem, foi um grande galo! Venham os jeitosos e altos alemães no sábado.
E força Itália, vençam esses brioches. :)

segunda-feira, julho 03, 2006

Verão a Seco

Massive Attack, The Strokes, Gotan Project, Goldfrapp, Prodigy... São apenas alguns dos nomes que vão circular por aí neste verão, e que eu não poderei ver por falta de financiamento.
Bem, Massive Attack é mais por falta de companhia, e os dois últimos são no Festival Sudoeste, coisa para a qual já me começa a faltar idade. Mas detesto saber que há boa música por aí a escapar-me por entre os dedos.

sábado, julho 01, 2006

Estou contente

A minha mãe faz hoje 53 anos.
A actuação do meu irmão correu bem.
O Sporting faz 100 anos.
E para culminar tudo em beleza, ganhámos com muita classe. Grande Ricardo, recordista de penalties defendidos em fases finais de campeonatos do mundo.
Um dia em cheio. :)